sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma pequena lembrança, um cheiro, um olhar. Isso é capaz de ativar lembranças antigas. Lembranças boas, lembranças de épocas remotas. Épocas que não voltam mais.

Tava pensando isso hoje de manhã. Sinto falta do meu eu de alguns anos atrás. Um eu leve, sem tantas indagações. Sem tantos porquês. Um eu que gostava sem questionamentos, sem pré requisitos. Sem exigências. Sem se preocupar se é real, ou se é algo com algum sentido.

Sonhava até com um amor eterno, uma paixão avassaladora. Achava que ía amar alguém e que essa pessoa me preencheria e esss coisas de garotinhas de 15 anos que escrevem agendas com coraçõezinhos.. huahauhaua...

Mas era uma época maneira. Eu me divertia mais, era mais inconsequente. Não pensava muito nas coisas. Tudo bem que às vezes isso não era tão saudável. Quando por exemplo uma vez que peguei a mulher de um policial. Hoje em dia não tenho mais essa coragem. Vai se ficando velho e frouxo. Lei natural dos seres viventes... rs...

Nessa época me divertia até zoando os meus chefes, ía a praia na hora do almoço, essas coisas. Vê agora. A responsabilidade chegou e acabou com meus momentos de descontração.

Droga de pensamentos responsáveis... Humpf...

Um comentário:

Katia disse...

Me lembrei de Shirley Valentine. Ela passa por essa mesma nostalgia de uma pessoa que era e das automações da responsabilidade cotidiana. Nos perdermos e nos buscarmos são atividades realizadas ao longo da nossa vida, importantes para vários momentos. Tomar consciência disso tudo é que é o grande barato para não enganarmos ou boicotarmos a si próprios.
É muito importante estudar e conhecer sobre as coisas do mundo, mas conheço pessoas simples que decidiram não estudar muito e que são muito felizes e não sabem o que é tédio. Minha mãe é uma delas. Nessas horas, penso que deve ser bom ficar na simplicidade da vida, porque a complexidade faz a gente questionar tanto a felicidade, que nos distanciamos da paz de espírito ou impossibilitamos a existência da felicidade.