Hoje me bateu um desânimo. Uma mistura de tristeza, desalento, carência. Tudo misturado e transformado numa personalidade cansada de viver o mesmo todo dia, todo dia.
Se eu fosse escolher uma trilha sonora pra mim atualmente, seria um tango. Um daqueles bem dramáticos. Do tipo que dá vontade de se suicidar ao ouvir.
Ultimamente tenho tido muito disso. Me sinto um pouco como diria Cazuza: "Café sem açucar, dança sem par".
Tudo que desejo hoje é chegar em casa, tocar meu trompete. Uma musica bem depressiva. Um jazz daqueles que se escuta tomando um whisky em um bar escuro... huahauha...
Muito emo. Deve estar pensando você, meu caro leitor fantasma. Mas é isso mesmo. Tô meio emo mesmo.
Depois de certa idade comecei a sofrer de depressão. Herança de familia.
Acho que a pior coisa é não ter sentimento nenhum. Acho que eu fico triste por não estar sentindo nada. É como se eu vivesse numa lousa branca. Sem nada.
Dizem que a depressão mata milhões por ano. Bem, fazendo um comentário cretino. Na verdade não é a depressão que mata e sim os aparatos usados pra que isso ocorra. Facas, giletes, remédios, armas, pontes, funk proibidão. Essas coisas.
Experimenta colocar um depressivo numa sala sem nada, toda acolchoada, obrigando ele a comer todo dia... hauahu... ele vai viver até os 60 anos lá. Em pura tristeza... rs..
Não liguem meus caros ghost users. É apenas um delírio provisório de uma mente afetada por alguma aflição. Talvez seja falta de dinheiro, ou de amigos, ou de aventuras. Sei lá... ou apenas uma noite mal dormida.
Não sei bem dizer. Só sei que como diria Renato Russo: "Vem de repente um anjo triste perto de mim."
Feliz 2011 pra todos!
Um comentário:
Apesar de muitos anos parecerem repetir o passado, não devemos pensar dessa forma. É claro que ano novo não necessariamente exige coisas novas. Tudo depende da gente. É como aquele poema de Drummond:
"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre".
O eterno recomeço da vida tem sua função. Imagine uma sequência infinita sem renovações? Aí sim a mesmice, a repetição contínua, sem novidades nos cansará.
Tudo depende das nossas vontades e escolha do nosso próprio olhar frente à vida e ao dito novo. Se optarmos, ele pode ser novo ou também pode ser uma eterna mesmice repetitiva. Apesar de que na História não existe repetição, por mais igual que as coisas pareçam, o dia é diferente, as pessoas são outras, é outro ano, outras idades etc.
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