terça-feira, 28 de junho de 2011


“Me dê motivo pra ir embora... Já coloquei os docinhos na mochila. Ah, então to indo mesmo...”

Refiro me ao casamento do meu amigo Mr. Rod. Essa frase é verídica, eu realmente coloquei uns docinhos na minha mochila. Mas sabe como é, tava levando para minha mãe.... huahauahu....

Foi um casamento legal. Salgadinho bom, refrigerante de qualidade. Era coca mesmo! Cara, isso é raro. E olha que fiquei esperando passar a cerimônia para ter um motivo para zoar o Rodrigo, mas ele foi cuidadoso nos detalhes do seu casamento.

Eu toquei uma musica no casamento dele. Uma do Kenny G. Sabe como é, esse é o destino de quase todo saxofonista que toca em casamento. Apesar de tudo eu gosto da musica, Wedding Song. É uma das musicas mais bonitinhas dele.

Foi engraçado ver o Rod casando. Eu pensei na hora: - Cara! É o Rodrigo que está casando! Não estou mais no ensino médio! Olha meu amigos! Todos barrigudinhos e envelhecendo!” Huahuah...
Foi um evento legal. O Rodrigo dispensou o padre. Corte no orçamento, ele se focou nos salgadinhos. Rs. 

Brincadeiras à parte, ele quis celebrar junto com a Renata (sua atual esposa), já que o padre apenas está lá para dar a benção. Os noivos que legitimam o casamento. É meu amigo, você que achava que precisava de um padre ou um juiz. Engana-se. Não é necessário. Agora você não tem mais desculpa para enrolar a sua pobre noiva. Dizendo que tá esperando aquele padre ou pastor que você tanto admira, ter data para celebrar o seu casamento. Depois de longos 8 anos noivando.
Desejo que dê tudo certo aos dois. Que eles celebrem suas bodas de diamante. Ou coisa do gênero. Se quiser eles podem até renovar os votos daqui há uns 4 ou 5 anos. Contando que os salgadinhos continuem no mesmo nível... RS...

Na hora senti que o Rod tava meio estático. Meio em choque, sei lá. Mas confesso que fiquei nervoso também. Normalmente eu não ligo para muita coisa na vida. Mas nesse dia fiquei meio tenso. Queria que saísse tudo certo. Principalmente na minha atuação musical.
É estranho você tocar para muitas pessoas conhecidas. Dá aquele medo de errar feio, pagar mico. Mas saiu tudo bem. 

É, meus caros leitores. A coisa está ficando severa. Todos os meus amigos casando. Tirando o Diogo que conseguiu prolongar o namoro por mais uns 6 meses pelo menos. Tá morando na Austrália. Agora ele deve está lá jogando bola de neve em algum canguru. Diogo sempre foi meio mal... huahauahu....

Apesar disso, no fundo, bem no fundo, eu sou superficial... Brinks... RS... Apesar de meus amigos todos terem casado ou estão quase lá, não me preocupo com isso não. Não esquento a cabeça se vou casar agora ou daqui há 20 anos.  Quem sabe 25 anos. 

Agora estou bem mais feliz. Passei uma fase meio darkness. Depressão, reações bipolar, desalento. Tava até começando a gostar do Luan Santana. Nesse momento, resolvi dar um basta e mudar a situação.

Fui a um neurologista e ele não deixou eu sair do consultório. Falou que viriam algumas pessoas me ajudar. Só não entendi na hora que ele quis me presentear com um casaco branco. O mais estranho é que na hora de colocar, ele colocou com as alças pra trás. Fora que não gosto de roupas brancas... RS... 

Tá. É viagem. Na verdade ele passou um remédio, um anti-depressivo. Pediu para eu voltar lá depois de um tempo. Realmente o remédio me ajudou bastante. Estou bem melhor. Não estou mais com surtos depressivos, nem paranóias. Quero até namorar sério. Só me incomoda esse macaco amarelo que não sai do meu lado. Mas tudo bem. Ele conversa comigo quando estou só...

Tá, agora falando sério. 

Realmente o remédio me ajudou realmente. Tô mais tranqüilo e feliz. Vou esperar mais um pouco para ver quando devo parar a medicação.
O chato é que eu não posso mais beber nada alcoólico por enquanto. Tudo bem que eu tava meio podre mesmo. Passando mal com qualquer bebidinha. Mas por um lado é bom porque eu fico mais saudável.

E por falar em saudável, estou fazendo Kung Fu, estilo Wing Chung. Estou adorando. É muito bom. Estou muito feliz! Cara, ficou muito gay essas últimas frases. Dane-se. Tô feliz mesmo.

Meu próximo objetivo é treinar e esbolachar o Mr. Rod... hjuahauh... Até parece. Sempre fui ruim em luta. Eu e Rod compramos até equipamento de luta. Capacete, luvas e protetor bocal. Não sei pra que isso tudo. No primeiro soco que um der no outro acaba a luta. Somos nerds, nerds não agüentam muita pancada. Hauhauhau....

O que eu gostei do Wing Chung é que ele é uma filosofia de vida. Não é apenas um esporte que você pratica para ficar em forma ou coisa do tipo. Ele é uma filosofia de vida. E realmente tenho sentido muitas mudanças no pouco tempo que estou treinando. Muitas técnicas ensinadas lá ajudam na vida prática.

Bem é isso. Não estou com muita criatividade para escrever, tá bom por hoje. Um dia eu volto. Um dia eu volto, quem sabe.

Um comentário:

Érica Wish disse...

É Fábio... Achei seu texto interessante, do tipo que nos deixa meio nostálgicos. Sabe, eu sempre achei que casamento fosse simplesmente mais uma festinha(coisinha à toa). Sempre neguei um desejo meu de passar por esta experiência, pra quê gastar tanto dinheiro com toda essa bobagem (eu posso comprar um C4 Pallas com toda essa grana). Eu não preciso de tudo isso para fazer voto de união com alguém, mas na verdade quem é que nunca se imaginou nesta situação? Mesmo que seja para ficar apavorado (como eu já fiquei algumas vezes). A cerimônia de casamento ata o maior laço que pode haver entre duas pessoas, exprime o desejo e a certeza que se têm para unificação de vidas e juntas começarem uma nova história. Trata-se do momento em que se muda de família... Nossos pais e irmãos passam a ser parentes, por isso o casamento é de fato um acontecimento divino.

Ouvir a falação do padre ou pastor durante a cerimônia religiosa geralmente é muito tediante, mas quando se trata do casamento de pessoas em que nos são muito próximas nós nos emocionamos, paramos no tempo e temos em mente um "flash" do passado retornando as fases da vida em que você e quem está casando compartilharam momentos (farras, brigas, confidencias). De repente vem em mente as seguintes perguntas: e eu? Será que eu caso um dia? Será que eu ainda posso viver de fato um grande amor? Será que eu nasci para isso? Ou será que o meu destino é a solterísse? Será que um dia eu vou poder carregar meu molequinho no colo e sentir que sou o "tudo" na vida dele? Perguntas estas que exprimem a sua falta de crença em um relacionamento, assim como a sua vontade de encontrar o seu "chinelo velho" mesmo que você não queira admitir.

Por mais que demore, ou que seja repentino haverá um momento de nossas vidas que sentiremos a vontade de dividir o porta escovas de dentes com aquela escova que te faça bem. É a ncessidade presente no ser humano.

Vou te contar...fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho...

Parabéns ao Rodrigo!