quarta-feira, 5 de outubro de 2011
O anseio da mudança causou a tristeza. O anseio pelos velhos padrões. O anseio pelo Eu anterior. O Eu que preenchia as suas expectativas antigas.
Ao notar que a mudança não era possível. O Eu atual sofreu. Entrou em colapso. Precisou de um tempo para se harmonizar. Se equilibrar. Colocar tudo no lugar. A mente procurou o velho padrão.
Ao não encontrar. Perdeu o chão e caiu num abismo. Essa queda causou dúvidas e questionamentos. Mas trouxe novas perspectivas.
A dor modificou o Eu criança. O Eu que queria tudo na hora, da forma que ele achava certo. Fez o Eu crescer.
Mostrou ao Eu criança que as coisas são como devem ser. Algumas vezes até acontecem da forma que esperamos. Mas como tudo, existem dois lados. Às vezes se ganha, às vezes se perde.
Mas como tudo no mundo tridimensional. As coisas tendem a se estabilizar. E a natureza humana arruma um meio de se adequar a tudo. Através da aceitação plena, conformidade ou negação.
E assim a vida prossegue até o dia que encerraremos essa etapa na Terra e passaremos para o próximo estágio.
Bendito é o amor de Deus com todas as suas criaturas em todos os universos existentes.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Só passei aqui pra deixar um trecho de um monólogo feito no filme Revolver.
Apesar do filme ser de ação e ter muitos tiros e mortes. A mensagem do filme é bem interessante. Não é como os filmes convencionais de ação onde se vê bossalidades e o objetivo é apenas entreter a mente com banalidades.
Esse filme pelo menos faz algumas reflexões sobre os nossos comportamentos e atitudes. Quem puder assistir eu recomendo!
"Há algo que você não sabe sobre si mesmo. Algo que você vai negar que existe até ser tarde demais para fazer qualquer coisa. É o único motivo pelo qual você acorda pela manhã. O único motivo pra aguentar o chefe babaca, o sangue, suor e lagrimas. E isso é porque você quer que as pessoas saibam o quão bom, atraente, generoso, engraçado, selvagem e inteligente você é.
Tema-me ou venere-me. Mas por favor, ache que eu sou especial. Nós compartilhamos um vicio. Somos viciados em aprovação.
Pode brilhar diamante doido. Porque somos apenas macacos embrulhados em ternos, implorando pela atenção dos outros.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro".
A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualide nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
A música da praça.
Hoje quando voltava de ônibus, ouvi uma musica na praça. Era uma musica de Debussy, “Sonho Angelical”.
sábado, 2 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disse que seu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
E agora? Como fica?
Estava aqui pensando como são as coisas. Como diria o tio Ben: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. Quando não tinha muito noção dos conhecimentos que eu tenho agora, eu era um garoto meio doido, inconseqüente. Mas sentia as coisas de forma intensa. Passei muitos anos desse jeito. Era um porra louca solta no mundo... huahau... Sempre mulherengo e debochado.
Aí cresci, estudei. Estudei muito. Sobre astrologia, misticismo, parapsiquismo, sobre energias, sobre o comportamento humano e outras coisas do gênero. Achei que com isso dominaria as minhas vontades e fraquezas. Ledo engano. Apenas me tornei uma pessoa mais cética e acabei perdendo a fé nas coisas humanas. Não de forma negativa. Não que eu tenha me tornado uma pessoa sem fé nas coisas do Alto. Mas conforme estudava me distanciava das coisas mais simples.
Me distanciei do sonho de encontrar uma alma gêmea, de casar, ter filhos, de ser um cara bem sucedido. Essas coisas que todas as pessoas sonham. Passei a desejar o céu. Passei a desejar ser o mais espiritualizado dos seres. Pura ilusão. Pois descobri que tomei o caminho errado. Me tornei meio insensível em relação aos meus sentimentos e a outras coisas básicas. Fiquei no meio do caminho. Não cheguei aos céus, mas me distanciei da Terra. Agora me encontro vagando em algum lugar entre os dois mundos. Tenho vontade de me casar e ter filhos. Mas não quero viver esses ritos banais. Quero viver um grande amor, embora não acredite mais nisso. Tenho vontade de me tornar um ser espiritualizado, mas não quero abrir mão das coisas materiais.
E agora? Como fica? Como proceder quando se fica no meio do caminho?
Bem, confesso que ainda não sei a resposta. Tenho esperança de descobrir. Tenho pensado muito nessas coisas. Em alguns momentos tenho saudades daquele Fábio doido, que não tinha noção de perigo e agia por impulso. Mas em alguns momentos eu fico feliz de ter o conhecimento que tenho. Segui o conselho de um velho sábio. Larguei tudo que eu aprendi no meio do caminho. Mas ainda não achei a estrada que me levará de volta ao caminho da evolução. Seja ele material ou espiritual.
Então amigos. Não estou me lamentando. Pois há vantagens e desvantagens no caminho que optei. Só estou dizendo que é preciso ter cuidado com o que deseja. Você pode conseguir, e descobrir que não era bem aquilo que você queria. É como a história daquele filme Click com Adam Sandler. Quem viu sabe o que estou falando. Com a desvantagem de não poder voltar e mudar as coisas.
Paz a todos!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
De vez em quando acontece uma situação engraçada. Parece que minha alma de saxofonista foi embora!
Eu pego no instrumento e mesmo que eu faça aquecimento, escalas, exercicios de leitura, a coisa simplesmente não flui!
Em algumas raras vezes conforme vou estudando a vontade de tocar retorna. Mas na maioria das vezes não é isso que acontece.
E o saxofonista que habita em mim não comparece. Talvez nem queira estar ali.
E nesse momento a musica não acontece, não ocorre a união sagrada do instrumento com o divino.
Nem mesmo uma ligaçãozinha simples da embocadura com o cérebro. Nada.
A coisa corre mecânica e sem vida. Até sai uns sons bonitinhos, fruto do treino ao longo dos anos.
Mas parece que a alma do saxofonista está perdida em algum longiquo lugar.
Talvez assistindo Charlie Parker em alguma outra dimensão... Talvez.
Quando isso ocorre não há vida na melodia, não há alegria no ressoar das chaves em cada mudança de nota.
Fica apenas o som, um timbre agradável. Mas falta-lhe o sentimento, falta-lhe o charme das notas ecoando no universo.
E aí nada temos a fazer. Apenas estudar o tempo necessário para a tecnica não engessar. Resta-nos apenas nos contentar com um timbre frio e robótico.
A felicidade está em ter a certeza que é apenas um dia ruim. Um dia branco. Um dia de cansaço depois do trabalho, onde a mente deseja se deliciar com futilidades que passam na TV a cabo.
Resta para o meu amigo saxofone aguardar melhores dias. Dias em que ele se sentirá pleno. Cantará com fervor e encantamento. E sua melodia será ouvida lá na via láctea.
(E nem estou falando do mingau.)
Ele sabe que dias ruins passam. Que como um caso de amor, há vezes que você não quer dar carinho. Quer apenas descansar em algum sofá. Quieto, inerte.
Um dia que você quer estar em algum outro lugar, onde você é outro. Você é o expectador, não o protagonista.
Como diria a musica: "Um lugar tão distante, pra que eu possa viajar. E tão perto quando eu preciso. E eu sei que vou precisar."
Bem é isso. Foi apenas um desabafo ao falhar desastrosamente na tentativa de tirar um som do meu velho saxofone.
Abs!